A corrupção é um dos grandes males que afetam o poder
público, principalmente o municipal. E também pode ser apontada como uma das
causas decisivas da pobreza das cidades e do país.
Criam-se instrumentos para dar à corrupção aspectos de
legitimidade, métodos mais ou menos
padronizados e utilizados com uma certa regularidade nas prefeituras dirigidas
por administradores corruptos.
Não é raro ouvir que houve
suspeita de fraude, desvio do dinheiro público em esquema de cartel. Entre os envolvidos estão secretários de governo,
assessores do prefeito, vereadores etc.
Quando o cartel envolve frota de carros
públicos, entram em cena, postos de combustíveis e
frentistas.
Em Cachoeira Paulista, na Operação designada Pit Stop, com o valor gasto pela prefeitura, com combustível, cada um dos 30 veículos oficiais teria percorrido cerca 1.200 quilômetros diários.
Segundo dados polícia, a Prefeitura gastou, em média, 3,3 milhões/mês para manter em circulação uma frota oficial de 30 veículos.
A Polícia Federal apurou que os carros da prefeitura eram abastecidos em uma bomba diferente do posto alvo da investigação.
O litro da gasolina era comercializado por R$ 3,009 – valor mais caro que o praticado nas demais bombas, de R$ 2,60.
Outro
caso envolvendo esquema de transporte é a prefeitura de Nova Friburgo (RJ) após
a tragédia das chuvas em 2011.
O Esquema da tragédia
- CPI criada após tragédia na região serrana
cita desvio em
quentinhas e vans escolares em Nova Friburgo (RJ)
Foi contratada uma empresa para garantir a
locomoção de estudantes de áreas rurais para escolas municipais situadas na
região central do município. O programa de transporte escolar custou aos cofres
do governo municipal R$ 775 mil.
Utilizaram a tragédia para tirar proveito da
lei de licitações - renovaram várias vezes o contrato emergencial. A empresa
escolhida para oferecer o serviço, gastou toda a verba em apenas 40 dias com
vans e ônibus que, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação,
percorreram quase dez mil quilômetros em cada dia de aula.
Supondo que o período letivo tenha 200 dias por
ano, os veículos de transporte escolar de Nova Friburgo percorreriam uma
distância de mais de 1.700.000 km.
Eles poderiam dar 20 voltas ao mundo!.